Se antes a questão da sustentabilidade era vista como algo filantrópico ou mesmo como uma barreira para o mundo dos negócios, agora é parte da estratégia das organizações. Uma pesquisa da KPMG de 2017 aponta que 78% das maiores companhias globais colocam informações sobre responsabilidade corporativa (tema que engloba a contribuição das empresas em relação a problemas sociais, ambientais e econômicos) em seus relatórios financeiros. Pela primeira vez em 10 anos da pesquisa, mais de 60% das empresas de todas as indústrias falam hoje sobre este assunto. O relatório aponta ainda que os maiores temas dentro desse escopo são mudanças climáticas, Objetivos Sustentáveis da ONU (SDGs) e direitos humanos.

Um sinal de todas essas mudanças foi a carta divulgada em janeiro de 2018 de Laurence Fink, CEO e fundador do BlackRock, maior gestor de ativos no mundo. No documento, o CEO afirma que as empresas ficam muito tempo focadas em resultados e lucros de curto prazo e que seus esforços deveriam estar focados em um crescimento que beneficie a todos dentro da cadeia, com foco na estratégia a longo prazo.  A carta ressalta ainda que as organizações devem trabalhar com um propósito para atingir seu potencial, englobando a relação com comunidades em seu entorno, impactos ambientais e diversidade. Se um gestor de ativos de 1,7 trilhão de dólares se posiciona a respeito desses temas, significa que uma estratégia de sustentabilidade impacta no investimento que as empresas recebem.

“É interessante porque esse é um assunto que vem sendo trabalhado pelas empresas já há algum tempo, com enfoques distintos de uma empresa para outra, em função do perfil do negócio. O que muda, na minha visão, é que passa a existir um mercado que entende que a sustentabilidade é um eixo importante de posicionamento e orientador da gestão” opina Bernadete Almeida, gerente de Sustentabilidade e Causas da Approach e especialista em comunicação estratégica.

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