Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de agosto apontam aumento de 1,8% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

Nas duas primeiras semanas de agosto, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 60.123 MWmédios, frente aos 59.070 MWmédios registrados no mesmo período do ano passado.

No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo subiu 0,9%, índice que considera a migração de cargas para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, o aumento seria de 1,9% no consumo.

Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo registrou incremento de 3,7%, índice que inclui as cargas oriundas do ACR na análise. Haveria aumento de 1,7% no consumo, caso o movimento dos agentes fosse desconsiderado na análise.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+6,2%), químico (+5,2%) e extração de minerais metálicos (+3%) foram os segmentos com maior incremento no consumo, quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, os ramos de comércio (-5%), têxtil (-2,2%) e de serviços (-2,2%) apresentaram os maiores índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário sem migração.

O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em agosto, equivalente a 58,4% de suas garantias físicas, ou 37.613 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 68,6%.

Fonte: CCEE