Com 16 GW de capacidade instalada no país, a fonte eólica deverá chegar em 2024 a 24,2 GW de capacidade instalada, considerando os leilões já realizados e os contratos firmados no mercado livre. O Infovento de 2019, boletim produzido pela Associação Brasileira de Energia Eólica e divulgado nesta segunda-feira, 15 de junho, dia mundial do Vento, mostra que no ano passado foram gerados 55,9 TWh e 9,7% de toda geração injetada no Sistema Interligado Nacional veio da fonte, que desde 2011 já atraiu investimentos de R$ 31,3 bilhões. São 637 parques em 12 estados, somando 7.738 aerogeradores em operação.

A energia gerada, na média mensal, é suficiente para abastecer 28,8 milhões de residências por mês, o que significa uma população de cerca de 86 milhões de pessoas. Desde o ano passado, a energia eólica é a segunda fonte da matriz elétrica brasileira, representando 9,3%, perdendo apenas para a hidrelétrica, com 59,6%.

O eficiente desenvolvimento da indústria eólica no Brasil pode ser explicado pela ótima qualidade dos ventos brasileiros e também pelo forte investimento das empresas que, nos últimos dez anos, construíram uma cadeia produtiva nacional para sustentar os compromissos assumidos e o enorme potencial de crescimento desta fonte de energia no Brasil. No que se refere à qualidade dos ventos, importante citar que o Brasil tem um fator de capacidade (dado que mede a produtividade dos ventos) acima da média mundial. No ano passado, por exemplo, o fator de capacidade médio mundial foi de 34%, enquanto no Brasil foi de 42,7%, sendo que chegamos a registrar mês de média com 59% durante a safra dos ventos.

Fonte: ABEEólica/Canal Energia