O estudo, desenvolvido na Universidade de Ohio (EUA), foi publicado nesta semana na renomada revista Nature.
“A ideia é pegarmos os fótons da luz sol e transformá-los em hidrogênio. Em linhas gerais, estamos poupando a energia solar, armazenando-a em ligações químicas para que possa ser utilizada em um momento futuro.” Claudia Turro, líder do projeto.
Células fotovoltaicas tradicionais já utilizam os fótons para gerar energia. Só aproveitam, porém, parte da luz solar. A grande inovação da pesquisa é tornar possível a coleta da energia de todo o espectro visível — inclusive do infravermelho, uma energia baixa e muito difícil de ser absorvida.
Por que isso é importante?
De acordo com o estudo, o sistema desenvolvido é cerca de 25 vezes mais eficiente com energia baixa, próxima à luz infravermelha, que os sistemas de molécula única anteriores. Na pesquisa, os cientistas usaram LEDs para iluminar soluções ácidas contendo a molécula ativa. Ao fazer isso, encontraram hidrogênio sendo produzido. “Acredito que o motivo para ter dado certo é que a molécula é difícil de oxidar”, disse Turro. A descoberta poderia ajudar a humanidade na transição de combustíveis fósseis para fontes de energia mais limpas, que não gerem impactos negativos no meio ambiente. A combustão do hidrogênio não produz carbono ou dióxido de carbono — este último, o principal gás do efeito estufa.