Análise da Wood Mackenzie mostra que a forte atividade na China elevou a entrada global de pedidos de turbinas eólicas para 43 GW no segundo trimestre de 2022, o que significa um novo recorde e um aumento de 36% em relação aos níveis do ano anterior. Isso equivale a cerca de US$ 18,1 bilhões. A China pretende apoiar uma construção média estimada de mais de 55 GW por ano nos próximos 10 anos. Somente no segundo trimestre, a China foi responsável por um recorde de 35 GW de atividade e está em 45 GW no acumulado do ano.

Segundo o levantamento da Wood Mackenzie, a Europa apresentou crescimento na entrada de pedidos com 3,8 GW, dobrando sua atividade no primeiro trimestre. A atividade de entrada de pedidos nos EUA permaneceu lenta, com menos de 2 GW até o primeiro semestre do ano. Já na eólica offshore, a entrada global de pedidos de ultrapassou 6 GW no segundo trimestre deste ano. É a terceira vez que os pedidos offshore ultrapassam esse número. Desenvolvedores no mercado chinês galvanizaram a maior carteira de pedidos de empresas no primeiro semestre de todos os tempos para o setor offshore, compreendendo 74% da capacidade global de pedidos offshore. A entrada de pedidos offshore na China aumentou consecutivamente por três trimestres, após uma pausa de quase um ano.

De acordo com Luke Lewandowski, diretor de pesquisa da Wood Mackenzie, Goldwind, Mingyang e Envision foram muito ativas no segundo trimestre com projetos na China, representando mais de 26 MW de atividade entre eles. Sete fabricantes de turbinas chinesas – com essas três liderando a lista – registraram capacidade de pedidos suficiente para ficarem no top 10 global de entrada de pedidos até o primeiro semestre de 2022. A atividade global, impulsionada pela China, está em ritmo recorde nos dois primeiros trimestres de 2022, com 61 GW encomendados. Isso é 13% maior que o primeiro semestre de 2021 e é o semestre mais alto já registrado.

A demanda nos EUA tem sido lenta devido a condições difíceis de mercado, como aumentos de custos trabalhistas, inflação e interrupções na cadeia de suprimentos. Como resultado, foi difícil garantir novos pedidos por lá, o que teve um impacto negativo nos fabricantes dependentes do mercado, principalmente os fabricantes ocidentais. Porém, com a aprovação do projeto de lei de redução da inflação nos EUA, a Wood Mackenzie antecipa um aumento na atividade no segundo semestre do ano. Com esses novos incentivos, os projetos de energia eólica ficariam mais viáveis economicamente e, portanto, mais competitivos em relação às tecnologias convencionais. Caso a aquisição de turbinas eólicas na China continuar em seu ritmo atual e a atividade de admissão aumentar nos EUA, o mercado de turbinas eólicas poderá ser definido para um ano recorde.

Fonte/Matéria: Canal Energia